Se existe uma forma de arte consumida por praticamente todas as pessoas é a música. Desde o advento do vinil, passando pelas fitas K7, pelo CD até a chegada das MP3 foram muitos os avanços e investimentos em novos formatos de mídia – sejam eles analógicos ou digitais, em diferentes suportes.
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Ao longo dos últimos 10 anos, essa “moda retrô” vem se espalhando por todo mundo, inclusive no Brasil, onde o consumo de vinil, para surpresa de muitos, vem voltando com tudo chegando a crescer em até 100% em 2012.
Remando contra a maré do universo digital, após 20 anos à margem de um mercado dominado pelos CDs, as vendas dos discos de vinil tem encontrado novo fôlego, com cada vez mais artistas lançando suas obras neste suporte. Também existem os relançamentos, que vem em formato de luxo, com álbuns duplos, seguidos de belos encartes.
No Rio de Janeiro está localizada a única fábrica de LPs de toda a América Latina: a Polysom. De olho nesse reaquecimento de mercado, a fábrica, que fica em Belford Roxo, passou por um processo de remontagem e preparação para atender às novas demandas de produção. Em 2012 os números de produção foram de 24 mil LPs e 12 mil compactos. E há um crescimento previsto para 2013.
De acordo com a IFPI – International Federation of Phonographic Industry, orgão que faz a análise do Mercado de áudio no mundo, as vendas de discos de vinil em 2012 foram de U$ 117 milhões, o maior valor em mais de 15 anos.
Desde 2007, acontece em Abril em todo o mundo, o Record Store Day, que é um evento anual promovido por lojas e estabelecimentos dedicados à venda de discos, muitas delas exclusivamente focadas no vinil, que celebra a vitória das lojas independentes sobre a crise na indústria musical. O evento conta com a participação de artistas, acontecem shows, tardes de autógrafos, lançamentos especiais e tem tido grande sucesso com ótima resposta de público.
No Reino Unido, formam-se filas em frente as lojas e o evento vem sendo tido como uma nova espécie de Carnaval, dada a popularidade alcançada. (ver foto e vídeo).
Dizem que a história gira em círculos, o “novo” de hoje se torna o “velho” de amanhã e vice-versa. A volta do vinil, o formato mais clássico de suporte de música para o ouvinte, além de trazer nova luz no combate à pirataria, resgata o bom e velho sentimento de se ouvir música – com tempo pra se dedicar a ela.