No sábado, dia 13 de Agosto, a Eleven esteve novamente no Electric Brixton para conferir o show do Rappa que, dessa vez, encerrou a turnê mundial do disco Nunca Tem Fim (2013), em Londres. Antes da apresentação, conversei, no camarim, com o guitarrista Xandão e o tecladista Marcelo Lobato.
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A entrevista completa você confere aqui na Eleven (escute o áudio abaixo) e também no programa “Novos Sons do Brasil”, que vai ao ar todas as sextas, na rádio RBG (London).
No papo, os músicos, que são fundadores do Rappa, falam sobre o atual momento da banda, sobre o cenário politico no Brasil, a world tour e ainda sobre o próximo lançamento do grupo: a turnê do show “Acústico na Oficina Brennand”, resultado do DVD ao vivo, gravado em Recife. O novo show já tem data de estreia marcada: dia 30 de setembro, em João Pessoa, na Paraíba.
“Voltando agora para o Brasil a gente já está com ensaios marcados pra estrear o novo show, que apesar de ser acústico, o som do Rappa tem uma pegada muito contundente, a gente não quer perder essa pegada forte. Vai ser quase um mês de preparação para, no final de setembro, a gente estrear em João Pessoa e depois Recife, e ai começa uma turnê”, antecipa, Lobato.
Eleven – O Rappa tem uma enorme rede de fãs pelo mundo afora. Como eles podem acessar o trabalho de vocês?
“Nos últimos anos a gente vem trabalhando de uma forma bem legal em relação às redes sociais, uma forma que tem a ver com a cara do Rappa, uma coisa mais participativa, interagindo sobre os shows, opinando. O Rappa sempre teve isso. A gente encontra fãs no Brasil, e até mesmo fora, que já viraram amigos, são famílias que se formaram, é muito bacana isso, não é uma coisa passageira… A gente quer que o máximo de pessoas tenham acesso ao nosso trabalho”, avalia o tecladista.
“Voltando agora para o Brasil a gente já está com ensaios marcados pra estrear o novo show (acústico)”. Lobato
“Pra a gente, ‘Nunca Tem Fim’ foi uma turnê muito bem-sucedida, teve um grande êxito;êxito primeiro pra gente, como músico.Acho que conseguimos fazer um grande álbum. Hoje a gente vê as coisas muito rápidas e efêmeras, né? E acaba que elas são digeridas muito rapidamente e as pessoas fazem sucesso do dia pra noite. A gente tem 24 anos de carreira e acho que a gente soube respeitar isso, a gente demorou pra fazer sucesso, demorou pra que as pessoas aceitassem nossa música. A gente tem um grande público hoje mas isso foi um trabalho de 24 anos, não foi construído de um dia pra noite”, pontua Xandão.
“A gente tem um grande público hoje mas isso foi um trabalho de 24 anos, não foi construído de um dia pra noite”. Xandão
Eleven – E o Brasil, como você avalia o atual momento do país?
“Eu saí do Rio há 14 anos e as coisas não mudaram lá. A nossa democracia é muito frágil. As vezes a gente acha que estamos numa democracia, mas na verdade não estamos. Talvez a gente estivesse passando por uma ditadura pro proletariado, em determinado momento. As pessoas estão um pouco perdidas. Eu vejo o atual governo tentando dividir o país em dois movimentos bem diferentes e que não são na verdade, né?”, afirma o guitarrista.
Clique no player para ouvir a entrevista completa abaixo: