Foto: “Uma História de Futebol”, curta metragem (1999) de Paulo Machline
O mundo assiste atentamente à divulgação da lista dos indicados ao Oscar 2014, que acaba de sair do forno, e o assunto não poderia ser melhor para a estreia oficial dessa Coluna que se propõe a decorrer sobre cinema brasileiro e mercado audiovisual no mundo.
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Junto aos ganhadores do Globo de Ouro e os indicados para o Bafta, o Oscar britânico, nota-se uma falta de diversidade e criatividade nos cinemas americano e saxão em relação à escolha de seus filmes para concorrer às premiações. A corrida pelos principais prêmios resume-se a um filme britânico, ”12 Anos de Escravidão” de Steve McQueen, e dois americanos “Trapaça” de David O. Russel e “Gravidade” do mexicano Alfonso Cuarón.
Brasil está fora do Oscar
Diferente do ano passado quando a Academia ousou incluir o francês “Amour” de Michael Haneke como indicado para Melhor Filme, esse ano só figuram produções faladas em inglês para o prêmio máximo. Destacam-se na categoria de Melhor Filme Estrangeiro o duelo entre o italiano “A Grande Beleza” de Paolo Sorrentino e o dinamarquês “A Caça” de Thomas Vinterberg. Cinema brasileiro nada por hora, “O Som Ao Redor” de Kleber Mendonça Filho, prêmio de Melhor Filme pelo FIPRESCI (Federação Internacional dos Criticos de Cinema) no festival de Rotterdam de 2012, não foi selecionado para concorrer nem ao Oscar, nem ao Globo de Ouro.
Participação do Brasil no Oscar
Ao longo da história do audiovisual brasileiro tivemos entre os filmes indicados ao Oscar: “O Pagador de Promessas” (1963) de Anselmo Duarte; “O Beijo da Mulher Aranha” (1985), de Hector Babenco, co-produção Brasil-Estados Unidos que concorreu a quatro categorias e rendeu troféu de Melhor Ator para William Hurt; “Quatrilho” (1996) de Fabio Barreto; “O que é isso companheiro?” (1998) de Bruno Barreto; “Central do Brasil” (1999) de Walter Salles, que concorreu em duas categorias e Fernanda Montenegro quase levou a estatueta de Melhor Atriz; “Uma História de Futebol”, curta metragem (1999) de Paulo Machline; e “Cidade de Deus (2002)” de Fernando Meirelles indicado em cinco categorias.
Coluna de cinema
Bem, e é nessa linha que seguirei a escrever, aqui nessa Coluna, sobre o mercado de cinema no mundo, sobre a perspectiva de um cineasta brasileiro, radicado em Londres. Vou tomar por análise o Mercado como visto da Inglaterra e, naturalmente, onde ele toca na nossa cultura brasileira e como o mundo nos “assiste”. Será que nos assiste?