Um dos assuntos que mais levantam questões junto aos músicos independentes é o cálculo da monetização nas plataformas digitais de streaming. Este texto, retirado do site da Tratore, explica como funciona o rateio das quantias repassadas por Spotify, Deezer, Apple Music e outras.
Nas plataformas digitais dedicadas a música, a arrecadação ocorre de duas formas: a partir de anúncios publicitários, como banners e spots, e da renda obtida por meio dos assinantes ou usuários premium.
Dessa arrecadação, os serviços digitais retêm cerca de 30% do total e repassam o restante aos agregadores, distribuidoras e gravadoras. A divisão geral é feita a partir do número de plays de cada faixa e, com isso, o valor individual da execução flutua de acordo com a arrecadação do período.
Os cálculos de plays gratuitos e pagos são realizados separadamente, de modo que o valor por play é maior no caso dos assinantes.
Apesar da flutuação, é possível fazer estimativas de arrecadação sobre o fonograma, que vão de um terço de centavo a quatro centavos de dólar o play, dependendo da plataforma e do tipo de usuário.
Essa quantia intermediada pelas distribuidoras e gravadoras é repassada aos artistas e responsáveis de acordo com o estipulado em seus contratos. No caso da Tratore, eles repassam aos titulares 75% do valor arrecadado sobre o fonograma. A ONE Rpm, por sua vez, negocia com o artista algo em torno de 85%.
A parte autoral, que equivale a entre 15% e 25% do total no Brasil, é motivo de discussão entre entidades e organizações no momento. Esse repasse é feito pelas plataformas diretamente à UBEM (União Brasileira de Editoras de Música) e ao ECAD, sem passar pelas distribuidoras e agregadores. No caso da UBEM, só autores representados por editoras e entidades filiadas conseguem receber o que lhes cabe.
Para evitar que essa arrecadação fique retida, distribuidoras como a OneRPM e a Tratore oferecem ao autor direto acordos que permitem o acesso a esse valor.
Saiba mais pelos sites: FonoMatic, Tratore, OneRPM