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Com sala cheia e recepção extremamente positiva, a sessão de perguntas e respostas, após a exibição com o aplaudido diretor, proporcionou à calorosa audiência esclarecer curiosidades sobre o filme e a distribuição do cinema brasileiro.
Na audiência alguém pergunta: “Gostei muito do filme e fiquei surpreendido com a atuação da atriz. Me parece que cinema brasileiro produz filmes muitos bons, mas porque não os conseguimos assistir nos circuitos de cinema?”. Rafael Primot confessou a dificuldade da disputa de um filme de baixíssimo orçamento, como este, contra os blockbusters americanos e ou filmes de maior orçamento brasileiro. O filme vai estrear no Brasil em não mais que dez salas de cinema na semana que vem.
Segundo Primot, Regina Duarte, grande ícone da TV brasileira que completa 50 anos de carreira esse ano, reclamou sobre a dificuldade de encontrar um papel que não lembrasse as heroínas e mocinhas a qual ela é tão reconhecida por representar na TV. Tomado por essa inspiração em escrever para ela é que Primot, também ator, cria o universo da personagem Gloria Polk.
Gloria é uma senhora escritora que após um hiato de 17 anos sem escrever anuncia o lançamento de uma nova ficção e resolve conceder uma entrevista para sua vizinha de prédio, a jornalista e nova esposa do seu antigo marido, Carol (Barbara Paz).
Atuação feminina em destaque
A grandiosidade da interpretação de Regina Duarte por diversas vezes nos remete as grandes atuações femininas no cinema como por exemplo a de Kathy Bathes em “Louca Obsessão”, ou mesmo a de Bette Davis em “O Que Terá Acontecido a Baby Jane?”. Um filme que enaltece a força das divas cinematográficas e um roteiro que nas mãos de Hollywood daria um Oscar a sua interprete.
Espero que a apesar da modesta distribuição no cinema de “Gata Velha Ainda Mia”, o filme consiga uma audiência de mérito, além de espaço noutros meios de exibição. Lembrando para que fiquemos de olho nos roteiros e filmes do talentoso Rafael Primot.
Assista ao making of de Gata Velha Ainda Mia: